quinta-feira, 12 de abril de 2012

Cachoeira: Sérgio Cabral, o avião da Delta e a ‘CPI do Fim do Submundo’




A criação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar os tentáculos criminosos do contraventor Carlinhos Cachoeira, envolvendo senadores, deputados e até o Palácio do Planalto, tem gerado problemas inimagináveis para o governo Dilma Rousseff. Como eu disse em comentário aqui publicado, chegou-se à conclusão de que a CPI foi, efetivamente, um tiro no pé. O governo quis, na noite de quarta-feira (11), retroceder na sua decisão de apoiar o colegiado. Houve reações imediatas do PMDB, PSDB e do próprio PT. A CPI fica. Mas vai levar com ela muita gente e empresas, como a Delta Engenharia, que trabalha praticamente com exclusividade para o setor público. Ela é responsável pelas obras do PAC e por outros negócios envolvendo o setor público brasiliense. A CPI poderá pegar pela proa o governador petista do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, conhecido como Magrão ou 01 – segundo as gravações autorizadas pela Justiça –; o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB) – a quem a Delta emprestou um jato para levar a sua família a Porto Seguro, que culminou no acidente com um helicóptero no trajeto para o distrito de Trancoso –; e mais ainda inúmeros parlamentares de partidos variados, sobretudo do PT. A CPI do Mensalão, quando instalada, foi denominada de “CPI do Fim do Mundo”. A CPI mista para destrinchar os tentáculos de Carlinhos Cachoeira passou a ser chamada em Brasília de “A CPI do Fim do Submundo”. Este submundo alcançará, pelo que se informa, o Congresso e o próprio governo.

Por: Samuel Celestino

Fonte: Bahia Notícias

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