sábado, 30 de julho de 2011

Aleluia é condecorado em Cruz das Almas



O presidente estadual do Democratas, José Carlos Aleluia, foi condecorado com a comenda 29 de Julho pela Câmara Municipal de Cruz da Almas, nesta sexta-feira. Ao receber a homenagem, Aleluia destacou os atributos modernos da tradicional cidade do Recôncavo Baiano, que completa 114 anos de emancipação.


“Além de centro comercial, Cruz das Almas também é um pólo educacional. É uma localidade com boa infraestrutura habitacional e educacional, oferta de empregos e de lazer. Tem tudo para continuar crescendo”, afirmou o democrata. A indicação da honraria, que marca a data de fundação da cidade, foi do vereador Josenir Andrade (DEM).


Neste sábado, Aleluia dá continuidade a sua agenda pelo interior do estado. Vai a Coronel João Sá participar das comemorações do aniversário da cidade. No domingo, o rumo do democrata é Alagoinhas.


Fonte: Imprensa Democratas Bahia

Propinas da ANP destinavam-se ao PCdoB, diz revista



Há uma semana, a ANP (Agência Nacional de Petróleo) foi ao noticiário em posição incômoda. Veio à luz um vídeo gravado a pedido do Ministério Público Federal e sob orientação da Polícia Federal. As imagens exibem reunião na qual dois assessores da ANP achacam uma advogada. Pedem propina de R$ 40 para liberar um processo na agência.


Submetida à denúncia, a ANP tentou desqualificá-la. Dilma Rousseff e a assessoria do Planalto silenciaram sobre o caso. Sob o silêncio das autoridades, surge agora um barulho novo. A advogada Vanusa Sampaio, alvo do achaque falou ao repórter Diego Escosteguy.


A conversa escalou as páginas da mais recente edição de Época. A revista informa: As propinas da ANP destinavam-se às arcas do PCdoB. Desde 2003, ano inaugural da Era Lula, dirige a agência petroleira o ex-deputado federal Haroldo Lima (PCdoB-BA).


Na entrevista, a doutora Vanusa, que representa na ANP cerca de 3 mil empresas, acomoda no epicentro da denúncia um servidor chamado Edson Silva. Ex-deputado e dirigente do PCdoB, Edson era superintendente da ANP na época em que Vanusa procurou o MP para denunciar o achaque, em maio de 2008. Hoje, Edson continua na ANP. É assessor da direção-geral. Responde diretamente ao mandachuva Haroldo Lima.


Na conversa com o repórter, gravada, Vanusa conta que, ao assumir a chefia do setor de Abastecimento da ANP, Edson chamou-a para uma conversa. A advogada reproduz a frase que diz ter ouvido de Edson: “Eu sei que você tem muitos processos aqui. Temos de trabalhar de forma harmônica”.


Vanusa sustenta ter deixado claro a Edson que “não faria nenhum tipo de parceria.” Seus problemas na agência começaram depois desse diálogo.


A advogada relata: Edson “começou a criar todas as dificuldades do mundo para meus clientes…”
“…Chegaram a assediar alguns deles, dizendo que, como haviam me contratado, os processos deles não iriam andar na ANP…” “…Meus clientes ficaram preocupados e disseram que eu tinha de fazer parceria com o Edson. Eu me recusei”.


Nesse ponto, sempre segundo o relato da advogada, entraram em cena os dois assessores da ANP filmados na reunião urdida por orientação da PF. “Eles me procuraram e me orientaram a transferir metade –metade!– dos meus clientes a um advogado de São Paulo ligado a eles”, conta Vanusa. Como os assessores diziam falar em nome de Edson, a advogada pediu a presença dele. Encontraram-se no café de uma livraria, no Rio. Edson credenciou os prepostos.


Vanusa revela: “Eles explicaram como funcionava [o esquema] . Disseram que todos os cargos do PCdoB precisam levantar dinheiro, que tem de ser para o partido…”. A advogada procurou o Ministério Público. Contou tudo o que se passava. Armou-se, então, o flagrante gravado em vídeo. “Um agente da PF instalou o equipamento para gravar a conversa com os dois em meu escritório. Gravei e entreguei o vídeo ao MP. Contei tudo o que sabia em detalhes”. Nesse ponto, a advogada Vanusa injeta uma denúncia dentro da outra. Conta que havia a intenção de gravar uma segunda conversa. Porém… “Logo depois que entreguei o vídeo e as provas que eu tinha ao MP, o agente da PF que ajudou na gravação, não sei por qual motivo, comunicou tudo à direção da ANP…” “…Isso inviabilizou tudo. Os dois [prepostos de Edson] acabaram saindo da agência. O Edson foi tirado da Superintendência, mas virou assessor do diretor-geral logo depois”. Vanuza relata mais: “Logo depois que minhas denúncias vazaram para a direção da ANP, recebi ameaças de morte…” A advogada questiona: “Não falam em fazer faxina no país? Agora cabe ao MP e ao governo fazer a parte deles. O que fizeram até agora?”


Dilma Rousseff talvez devesse chamar para uma conversa o ministro José Eduardo Cardozo (Justiça). Chefe da PF, Cardozo não há de ter dificuldades para verificar o que seus subordinados fizeram até agora. Já lá se vão 3 anos.

Fonte: Blog - Josias de Souza

quinta-feira, 28 de julho de 2011

COLUNA A TARDE: SAMUEL CELESTINO - MOVIMENTO DE LULA SINALIZA 2014




Tal como aqui na Bahia já observado na sua recente passagem, Lula está de volta à cena político-eleitoral despertando o que seus amigos mais próximos não dizem e, naturalmente, muito menos ele: a forte impressão de que pretende candidatar-se em 2014. Ele é, sabidamente, encantado pelo poder. A sua ida a Santo Amaro da Purificação para beijar a mão de D.Canô foi um movimento típico, robustecido com uma esticada a Pernambuco, além de ter avisado que pretende percorrer o País.

É na Bahia que ele tem mais votos e é em Pernambuco onde está o seu berço natal. De resto, os dois estados são a principal porta do Nordeste onde a musculatura eleitoral do petista está mais bem definida. Há outros sinais nada sutis, mas Lula nada dirá. Basta lembrar que ensinou a Dilma uma frase que ela usou e abusou, frase de cunho popular, para não revelar a candidata que todos sabiam que seria: “Não revelo isso nem a pau.”

De qualquer modo é uma movimentação precoce. Ele, no entanto, está enxergando, como todos estão, um fato bem visível: há um processo aberto que atinge em cheio os seus dois períodos no comando da República onde alcançou notável popularidade mas, em contrapartida, foi desleixado com a ética e a honestidade que podem aluir, senão estancar, o crescimento do PT no País.

Assim posto, a sua antecipação no jogo político pode lhe render algumas vantagens: a primeira delas é a de aparecer aos holofotes da mídia que por ele não nutre o menor amor, e vice versa. Mas o tem como notícia compulsória que ele seguramente sabe que é diante da dimensão popular que possui. Um segundo aspecto pode estar numa sinalização em direção à aliança partidária que formou e que permanece, aos trancos, nesse início de gestão de Dilma Rousseff. A presidente não agrada os políticos que se acostumaram com a acomodação de Lula, no seu estilo marcado pelo não ver, não ouvir e não saber de absolutamente nada, muito menos da corrupção que marcaram os seus dois períodos.

Dilma Rousseff está a realizar uma cruzada contra a gatunagem republicana. Pessoalmente, a presidente comanda o que pode ser o início de um processo de lavagem, como está a acontecer no Ministério dos Transportes. Em Brasília, os políticos e seus partidos (como é exemplo o PR) tremem diante de uma pergunta que está no ar: depois do MT, qual será a toca de ratazanas que a presidente enfrentará? Ela dará sequência ao processo de desmontagem da roubalheira ou vai parar onde está? Ainda no final da semana que passou, o líder do PMDB, Henrique Alves, estocou-a afirmando que o seu partido não corre o menor risco. Em outras palavras, o principal aliado do PT seria intocável pela dimensão expressa por seus integrantes no Congresso Nacional.

Sem o apoio do PMDB Dilma perderá a governabilidade, mas, se quiser, poderá realizar pequenas cirurgias, aqui e ali, de modo que a legenda não se julgue além de sócia do poder também sócia das arcas do tesouro. Se a situação se tencionar, basta vazar informações confidenciais que desaprumem o partido, vulnerando-o a partir da imprensa. Portanto, Lula terá que medir os seus passos e as suas ações para não trincar relações partidárias. Não lhe interessa politicamente desestabilizar ou fragilizar a governabilidade de Dilma. Se isso acontecer ele perde e perde muito. Assim talvez a ele baste a movimentação que faz gerando a incógnita de uma possível candidatura em 2014. Ficará em cena como uma sombra segurando os seus aliados e se fazendo lembrar pelo seu eleitorado.

Por ora, o combate à gatunagem talvez não lhe agrade, até porque se transformou, ao que parece, na “herança maldita” que legou a Dilma. Como se observa, o ex-presidente evita tecer considerações a respeito do principal assunto da República. Faz de conta que não vê, conforme o seu estilo.

A possível candidatura de Luiz Inácio para um terceiro mandato presidencial foi confirmada, em off, por diversos petistas de destaque no partido, virou comentário desta quarta feira na imprensa, mas pode ser que, por ora, não passe de uma mexida na política nacional para desviar o foco dos seguidos escândalos que surgem na mídia.

Na verdade, também na oposição há movimentos e o principal deles vem de Minas. Aécio Neves sequer precisa dizer que é o candidato do PSDB.

(Samuel Celestino)

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Dilma não consegue cumprir promessas feitas ao Nordeste


A presidente Dilma Rousseff passou os últimos dias discutindo formas de tornar mais ágeis as principais obras de infraestrutura do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) no Nordeste, que estão com canteiros paralisados. O Planalto teme que os projetos de transposição do Rio São Francisco e das ferrovias Transnordestina e Leste-Oeste, promessas de campanha em 2010, não sejam concluídos no atual governo. Informações do Estadão.

Uma série de pedidos de aditivos contratuais por parte das construtoras, dificuldades de licenciamento ambiental e falta de empenho de parceiros estratégicos, como governadores e prefeitos, estão sendo analisados pelo governo. Os prejuízos podem ser percebidos bem antes de 2014, avaliam auxiliares da presidente. Até agora, em quase sete meses no poder, ela não conseguiu aproveitar a máquina de viagens para o sertão que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, deixou azeitada.

Como presidente, Dilma não fez visitas às cidades nordestinas que recebem as grandes obras. Ela esteve na região cinco vezes, para festas e solenidades fechadas. A única visita a uma cidade sertaneja ocorreu em fevereiro. A presidente esteve em Irecê, no semiárido baiano, para visitar uma feira de produtores rurais e participar de um evento em homenagem às mulheres.

Os marqueteiros do Planalto estão assustados. Observam que, até agora, a presidente se sustentou com a versão de que não vai para os grotões porque não gosta de palanque. Os resultados das obras, neste caso, são negativos. Na sexta-feira, Dilma teve longa conversa com a ministra do Planejamento, Mirian Belchior, para discutir as pressões dos empreiteiros que tocam as obras no São Francisco.

O jornal Valor Econômico divulgou que a "enxurrada" de pedidos de aditivos dos empresários, apenas nesta obra, chega a R$700 milhões.



Fraudes do PSD parecem não ter fim



A Justiça Eleitoral rejeitou mais da metade das assinaturas de uma lista de apoio ao PSD apresentada em Minaçu (366 km de Goiânia). Parte delas era de eleitores que se declararam analfabetos nas últimas eleições. Das 1.645 assinaturas coletadas, apenas 634 foram comprovadas pelo cartório eleitoral da cidade goiana, que tem 31 mil habitantes. A lista para a criação do partido conta com assinaturas de pessoas que usaram carimbo para votar nas eleições, segundo o promotor de Justiça Rafael Simonetti. As informações são da Folha de S. Paulo.

Também há casos de assinaturas feitas por uma só pessoa. "A falsificação é escancarada", afirma. O promotor diz que já encaminhou a documentação ao Ministério Público Federal e à Polícia Federal para que seja aberto um inquérito. O prefeito de Minaçu, Cícero Romão (PSDB), que distribuiu a lista, disse que considera a exclusão de mais de mil registros "natural".

Em Goiás, uma das principais lideranças políticas que atua na criação do PSD é o secretário de Educação, Thiago Peixoto (PMDB). Peixoto diz que o processo de coleta é descentralizado e que o partido não tem como ter controle de quem está assinando, "nem se a pessoa está agindo de boa fé". O advogado do PSD no estado, Danúbio Cardoso, disse que ainda não foi informado oficialmente. Segundo ele, 12.096 assinaturas já foram certificadas no Estado e 35.390 aguardam validação.

Amazonas - No estado, estão sob suspeita de fraude 1.333 das 2.022 assinaturas em listas do PSD. Pessoas que já morreram e analfabetos constam com os nomes nas listas, segundo a Justiça Eleitoral.

O secretário-geral da comissão provisória do PSD, Paulo Radin, disse que o partido repudia as supostas fraudes. Problemas nas listas para a criação do PSD também estão sendo investigados em SP, RJ, SC e PR.




Aleluia: Obras do PAC estão devagar igual a governo Wagner





“As obras do PAC na Bahia estão no ritmo do governo de Jaques Wagner: devagar, quase parando”, comenta o presidente estadual do Democratas, José Carlos Aleluia, sobre o noticiário da imprensa que revela a execução este ano de apenas 6,2% dos R$ 2,04 bilhões previstos no orçamento geral da União para o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) no estado.

Para o líder oposicionista, é lamentável que já tenham se passado quase 60% do ano e nem 10% dos recursos foram ainda destinados ao andamento das obras baianas.

“O pior é que tem obras importantes do PAC na Bahia, que não tem um centavo previsto no orçamento de 2011, como o anel ferroviário de São Félix, cujas obras foram completamente abandonadas”, denuncia.

Na opinião de Aleluia, o descaso do governo estadual com as obras do anel ferroviário de São Félix é o reflexo de uma administração inoperante, descomprometida e desatenta aos reais interesses da população baiana.

“O anel ferroviário de São Félix é importante para a logística do estado. A obra acabaria com o gargalo da ferrovia. Mas o governador, que gosta de ficar falando que é amigo do presidente, foi assim com Lula e agora com Dilma, dá provas freqüentes de que essa intimidade não resulta em nenhum benefício para a Bahia”, critica.

Aleluia é contundente ao avaliar o Programa de Aceleração do Crescimento do governo Federal. “O PAC só acelera mesmo o crescimento da corrupção. É muita coincidência que seja o Ministério dos Transportes, aquele que tenha executado o maior volume de recursos do programa. Foi lá onde ocorreram os mais recentes escândalos de corrupção do governo Dilma. Isso não cheira bem”.



Fonte: Imprensa Democratas

terça-feira, 26 de julho de 2011

COLUNA A TARDE: SAMUEL CELESTINO - A REPÚBLICA SAQUEADA



Dois pesos, duas medidas. Se assim for (é preciso aguardar) a chamada “faxina” que a presidente Dilma Rousseff está a fazer ao detonar um processo de varrimento dos corruptos do PR empregados por Lula no Ministério dos Transportes não vai lhe proporcionar os dividendos que está a colher pela coragem de adotar decisões e usar a caneta presidencial. Surgem rumores, muito bem plantados, que ela será “mais cautelosa” com integrantes de sindicatos mais poderosos, como o PMDB, por exemplo.

É fato que o PR, do donatário Valdemar da Costa Neto, anda a ameaçar retaliar o Palácio do Planalto, quando terminar o recreio parlamentar, se quiserem o recesso de julho. Para consertar o País não basta ser séria, como Dilma tem demonstrado, mas ter a coragem de tomar decisões e depurar a República das ratazanas detectadas em suas tocas públicas sem discriminar ou proteger qualquer instituição, partidos, lá o que sejam transformados em sindicato de ladrões.

É de se supor, que as probabilidades de a presidente ter o apoio maciço dos brasileiros na sua faxina são grandes o suficiente para não temer ameaças de “aliado”. O partido que quer ser aliado para roubar não pode ser considerado desse modo nem terá coragem de partir para um enfrentamento porque a população, aos poucos, começa a despertar para a necessidade de uma ação coletiva, de modo a preservar no que for possível o tesouro da República.

Durante a ditadura, sem voz, sem imprensa, sem direitos individuais, os brasileiros conseguiram realizar um movimento com relativo sucesso contra o voto aos partidos “aliados” do regime de exceção. Foi a campanha do voto nulo. Também assim se manifestou o MDB, antecessor do PMDB, transformado, hoje, em geléia geral. O partido fez a campanha da anticandidatura com Ulysses Guimarães à frente, em 1973, tendo ao seu lado, como o anti-vice, o presidente da Associação Brasileira de Imprensa, Barbosa Lima Sobrinho.

Com o discurso “Travessia”, o caçador de nuvens e de sonhos disse à população que “resistir é preciso”, parodiando o “navegar é preciso” do poeta luso Fernando Pessoa. O resultado apareceu nas urnas, no momento mais obscuro da ditadura: das 21 cadeiras em disputa para o Senado, o velho e saudoso MDB elegeu 14. Foi assim, com demonstração de coragem, que os déspotas entenderam que havia uma cidadania que, mesmo amordaçada pela censura, torturada nos porões, sem liberdades individuais, desprovida de habeas-corpus ainda conseguia resistir e Respirava. Dilma Rousseff não só viu e ouviu o que se passava, como participou, combatendo, e sofrendo torturas. Creio que não seria agora o momento de acovardar-se diante de políticos corruptos, interessados em continuar saqueando o povo brasileiro.

O líder do PMDB, deputado Henrique Eduardo Alves (RN), disse que seu partido “está tranqüilo”. E cometeu esta pérola formada pelo cinismo mais abjeto: “A conduta do partido é exemplar. Os nossos ministros estão bem. Tem vários partidos que fizeram indicações técnicas, inclusive o PT. O que ocorreu com o PR é uma questão pontual. Não haverá isso (faxina) em outros ministérios”

Vade retro!

Daqui ando pregar a indignação. Referi-me, várias vezes, à primavera árabe que desmonta ditaduras e derruba déspotas no Oriente Médio e no norte da África. Apenas com a coragem do povo para lutar, usando instrumentos modernos de comunicação como a rede social via internet, mas praticamente desarmados ou com armas tomadas dos adversários que pouco eles sabem usar.

Neste domingo, milhares de manifestantes do grupo "Los Indignados" que protestam na Espanha encontraram-se, mais uma vez, na bela praça Puerta del Sol, centro de Madrid. Grande parte veio de Valencia, mas milhares de espanhóis descontentes com a situação econômica saíram, em grupos, de diversas partes do país. Ao todo, sete levantes chegaram à praça principal de Madrid. Observem que a manifestação tem como causa as dificuldades econômicas que a Espanha enfrenta, e não a roubalheira desembestada que acontece nestes trópicos. Diariamente surgem denúncias, todas envolvendo ou políticos ou apaniguados de políticos aboletados em órgãos da República. Isso acontece também em todas as unidades federativas. Na Puerta del Sol, os manifestantes gritavam e cantavam “Os políticos não nos representam! Não, não, não, eles não nos representam!” E suspendiam cartazes em que diziam: "Não é a crise, é o sistema que está errado".

Aqui também é exatamente assim. Eles não nos respeitam! O sistema está errado! É preciso desratizar o Brasil. Em outros tempos mais românticos, bastava combater as saúvas. Aqui, o presidente da OAB, Saul Quadros, disse-me que as duas principais entidades civis, a OAB e a ABI precisam caminhar juntas e unir, com elas, outras instituições. Creio que o presidente da ABI, Walter Pinheiro, com ele conversará para que as duas entidades se unam nesse propósito.

Para dar sustentação a quem quer combater a corrupção, como Dilma dá demonstrações. Mas, é preciso, também, que conte com o apoio da sociedade e do povo, de modo que não apareça mais nenhum líder como Henrique Alves para dizer que o PMDB está “tranqüilo”.

Tranqüilo, ele e os demais partidos sei que estão. Intranqüila está a República saqueada.

*Coluna de Samuel Celestino publicada no jornal A Tarde desta terça-feira (26).

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Aleluia: Imputar fraudes das assinaturas a adversários é desespero.


“A tentativa de imputar a outros partidos as fraudes que estão ocorrendo na coleta das assinaturas de apoio à fundação do PSD revela o desespero daqueles que pressentem o fracasso de um projeto frankenstein, cujo único objetivo é atropelar a Lei de Fidelidade Partidária e enfraquecer a jovem Democracia Brasileira”, rebate o presidente estadual do Democratas, José Carlos Aleluia, à acusação do vice-governador Otto Alencar de que o DEM e o PMDB estariam apresentando listas com assinaturas de pessoas mortas pelo interior do estado.

Aleluia estranha a infundada acusação feita pelo então “líder” do PSD na Bahia. “Até agora só havia notícias de fraudes em outros estados, mas a informação de que estaria havendo também na Bahia partiu justamente daquele que comanda a pretensa fundação do PSD no estado. Quer dizer que ele já admite as fraudes por aqui também?”, questiona.


Para o líder oposicionista, a desconfiança e a desistência de vários políticos, tidos como certo no PSD, crescem diante da cada vez maior incerteza de que o novo partido seja oficializado a tempo de disputar as eleições do ano que vem. “Está aí a razão do desespero daqueles que acusam os adversários de antidemocráticos, mas querem criar um partido para legitimar aquilo que é um dos cânceres de uma democracia: o adesismo”.

Fonte: Imprensa Democratas

Pagot se despede de funcionários e anuncia demissão, diz Dnit




Diretor do órgão agradeceu dedicação de servidores, disse assessoria. Em nota, Ministério dos Transportes confirma oficialmente demissão.

A assessoria do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) confirmou nesta segunda-feira (25) que o diretor-geral do órgão, Luiz Antônio Pagot, pediu demissão do cargo.

Segundo a assessoria, Pagot foi ao Dnit na manhã desta segunda, reuniu funcionários que trabalharam com ele, agradeceu pela dedicação e anunciou que havia pedido demissão.

A saída de Pagot foi confirmada em nota pela assessoria do ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos.

"O Ministro de Estado dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, recebeu na manhã de hoje o pedido de cancelamento das férias do diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Luiz Antônio Pagot, programadas para o período de 25 de julho a 04 de agosto. No mesmo documento, o diretor comunicou que já solicitou à Presidenta da República sua exoneração do cargo de Diretor-Geral do Dnit", registra a nota do ministério.

O G1 entrou em contato por telefone com Pagot e ainda aguarda retorno das ligações.

Mais cedo, o senador Blairo Maggi (PR-MT) já havia confirmado que o diretor do Dnit deveria pedir demissão do cargo.

Blairo é padrinho político de Pagot e conversou com o diretor na última sexta-feira (22). Segundo o senador, o diretor do Dnit está “tranquilo” e deve entregar a carta de demissão ainda nesta segunda.

“Conversei com ele na sexta. Ele está tranquilo e me disse que vai fazer o pedido de exoneração dele e entregar ainda esta segunda. Ele vai tocar a vida dele”, disse Blairo.

Pagot está de férias desde 4 de julho e vai deixar o cargo quase um mês após o surgimento de denúncias de superfaturamento no Ministério dos Transportes. Ele será o 17º integrante dos quadros dos Transportes a deixar o governo desde o começo da crise.

Os cortes atingiram principalmente servidores que atuavam nas áreas de operações, administração e análise técnica e pessoas ligadas ao PR, partido do ex-ministro Alfredo Nascimento.

A reportagem de "Veja" relatou que representantes do PR, partido ao qual pertencem o ex-ministro Alfredo Nascimento e a maior parte da cúpula do ministério, funcionários da pasta e de órgãos vinculados teriam montado um esquema de superfaturamento de obras e recebimento de propina por meio de empreiteiras.

No dia 6 de julho, então ministro dos Transportes, Nascimento pediu demissão pressionado por suspeitas de que seu filho tenha enriquecido ilicitamente em razão do cargo de ministro. Ao assumir o posto, no dia 12 de julho, o novo ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos afirmou que faria “ajustes” que envolveriam troca de pessoas e modificações em processos da pasta.

Principal foco das irregularidades, o Dnit sofreu seis cortes, a maioria deles em cargos de direção e coordenação. O diretor-executivo do órgão, José Henrique Sadok de Sá, que estava interinamente na direção-geral no lugar de Pagot, foi afastado da função.

Diante das demissões de pessoas ligadas ao PR, o líder do partido na Câmara, Lincoln Portela (MG), disse que está negociando a elaboração de uma nota oficial que irá verbalizar o posicionamento do partido. Para Portela, o PR não pode ser “satanizado”: “Não estou mandando indireta para ninguém. Estou mandando direta mesmo. Em momento algum o PR criticou as saídas. Agora, essa integridade tem de ser adotada com todos. Satanizar o PR está desagradando."

Pagot já admitia saída
No dia 19 de julho, o diretor do Dnit disse ao G1 enxergar a “possibilidade” de deixar o órgão. Pagot disse, no entanto, que aguardava “instruções do Planalto”.

“Estou aguardando instruções do Planalto. A possibilidade que mais me parece é de ser afastado, mas até agora ninguém falou comigo”, disse Pagot que, pela primeira vez, admitiu que pode deixar a função.

Em depoimento no Congresso dias antes, Pagot afirmou que estava de férias e que pretendia continuar no cargo. “Pretendo continuar no Dnit porque comecei a produzir uma reestruturação no Dnit”, disse Pagot na ocasião.

LEIA A NOTA DO MINISTÉRIO DOS TRANSPORTES:

“NOTA À IMPRENSA

Brasília, 25 de julho de 2011.

O Ministro de Estado dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, recebeu na manhã de hoje o pedido de cancelamento das férias do diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), Luiz Antônio Pagot, programadas para o período de 25 de julho a 04 de agosto.

No mesmo documento, o diretor comunicou que já solicitou à Presidenta da República sua exoneração do cargo de Diretor-Geral do DNIT.

Assessoria de Comunicação

Ministério dos Transportes”

Fonte: G1

Neto diz que a oposição tem de acertar em Salvador




O deputado ACM Neto (DEM) disse no último dia (22), em café da manhã com toda a imprensa de Salvador, além de veículos do interior e a presença dos correspondentes dos portais Terra e IG, que a oposição precisa formar a chapa mais forte que puder para enfrentar as eleições na capital em 2012. "A oposição não tem direito de errar. Temos que buscar o consenso, a união e procurar definir um nome ainda no segundo semestre deste ano. A chapa tem de ser formada pelos nomes mais fortes. E essa deve ser a estratégia tanto na capital quanto nas 15 maiores cidades da Bahia pelo menos", afirmou o democrata. Clique aqui para ver as fotos da coletiva.

Neto iniciou o bate-papo com os jornalistas, que transcorreu em clima informal, fazendo um balanço da atuação da oposição em Brasília e na Bahia. Ele destacou, sobretudo, a pressão para derrubar o ex-ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, falou sobre o escândalo na pasta dos Transportes e sobre as bandeiras da oposição para o segundo semestre na Câmara: a aprovação da PEC 300, que vai garantir melhorias salariais para bombeiros e policiais de todo o país, e da Emenda 29, que vai assegurar mais recursos para a saúde.

Candidatura - Questionado insistentemente sobre uma eventual candidatura à prefeitura de Salvador pelas emissoras de TV, jornais, rádios e blogs presentes ao café da manhã, ACM Neto disse que ainda não tomou essa decisão. Ele reconheceu, no entanto, que a cidade o coloca na condição de pré-candidato, liderando as pesquisas. "Mas, apesar disso, estou aberto ao diálogo. Estamos conversando com o PMDB, o PSDB, o PR e o PPS, entre outros partidos, buscando o consenso. Temos de encontrar o melhor nome com condições de enfrentar e derrotar o PT".

O deputado revelou que, com o Democratas, está montando um grupo de trabalho dividido em 12 áreas temáticas para discutir e elaborar projetos para a Salvador do futuro. Neto falou ainda sobre a importância do fórum "A cidade e seu futuro", idealizado por ele em parceria com a Fundação Liberdade e Cidadania do Democratas e que vai percorrer os bairros da capital debatendo com as comunidades soluções para problemas nas áreas da educação, saúde, infraestrutura urbana, empregabilidade, qualificação profissional e turismo. O fórum começou no último dia 16, na Vasco da Gama.

João Henrique – Neto respondeu a muitas perguntas sobre a sua relação com o prefeito João Henrique e a participação do Democratas na administração municipal. "Não sou, e a cidade reconhece isso, responsável pela administração do prefeito João Henrique. O prefeito fez escolhas políticas. Passou por vários partidos, mas nunca recebeu influência do Democratas. Nossa única responsabilidade na administração é com o turismo, pois a nossa única indicação na prefeitura foi a da Saltur (Cláudio Tinoco)", lembrou.

Neto admitiu que aceitaria o apoio do prefeito e do PP, pois isso não significa continuidade administrativa. "Vamos fazer mudanças profundas, caso eu seja candidato e caso venha a ser eleito. Não quero ser prefeito se não for para fazer isso, para melhorar a gestão, para cortar indicações políticas", salientou, acrescentando que tem boas relação com João Henrique, mas isso não o impede de criticar o gestor. Para o deputado, o prefeito está hoje mais próximo do PT do que da oposição.




Aleluia cobra responsabilidade do governo na recuperação do Pelourinho




“Termo de Responsabilidade é o que será assinado nos próximos dias. Tomara que dessa vez saia do papel alguma iniciativa do governo estadual e da prefeitura para a recuperação do Pelourinho”, diz o presidente estadual do Democratas, José Carlos Aleluia, ao ler na imprensa sobre mais um capítulo da novela do centro histórico.


Para Aleluia, a assinatura do documento atestará mesmo é a responsabilidade do governador Jaques Wagner e do prefeito João Henrique pelo de estado de decadência e abandono do maior conjunto arquitetônico barroco das Américas.


“É um patrimônio histórico e cultural da humanidade, reconhecido pela Unesco, que está se acabando pelo descaso de homens públicos, que estão há anos comandando os rumos do estado e da capital e não estão nem aí para a história e a cultura da Bahia”, observa o líder oposicionista.


Aleluia aproveita para cobrar os R$ 207 milhões do PAC das cidades históricas que foram anunciados pelo ex-presidente Lula, ao lado de Wagner, durante a campanha eleitoral do ano passado. “Até agora nada. Foi mais um factóide para engabelar o povo na hora do voto. Como é que se pode esperar responsabilidade de quem age assim: promete, mas não cumpre”.



Fonte: Imprensa Democratas Bahia

sábado, 23 de julho de 2011

Cantora Amy Winehouse é encontrada morta em Londres



Sky News e Press Association divulgaram informação neste sábado. Polícia confirmou que encontrou corpo da cantora em sua casa.

A cantora Amy Winehouse foi encontrada morta em sua casa, em Londres, neste sábado (23), segundo a polícia de Londres. A cantora tinha 27 anos e um histórico de envolvimento com álcool e uso de drogas.

A cantora se apresentou em turnê pelo Brasil em janeiro deste ano, com shows em Florianópolis, Rio de Janeiro, Recife e São Paulo.

No mês passado, a cantora britânica abandou uma turnê pela Europa após ter sido vaiada durante show na Sérvia por aparentemente estar bêbada demais durante a performance.

Durante 90 minutos, Amy balbuciou partes de suas canções e deixou o palco várias vezes, enquanto a banda continuava o show.

A cantora vinha enfrentando uma longa batalha contra as drogas e o álcool que vinham ofuscando sua carreira nos últimos anos. Um dos seus principais hits, "Rehab", falava sobre suas constantes idas às clínicas de reabilitação.

Causa não esclarecida
Um porta-voz da Polícia Metropolitana de Londres confirmou que a cantora de 27 anos foi encontrada morta na sua casa no bairro de Camden e que o motivo da morte ainda não foi esclarecido.

Uma ambulância do Serviço de Emergência foi chamada, mas segundo a polícia, já teria encontrado a cantora morta.

"A polícia foi chamada pelo serviço de emergência de Londres para o endereço na Camden Square pouco depois das 16h05 de hoje, sábado, 23 de julho, seguindo relatos de que uma mulher foi achada desacordada", diz a nota divulgada pela Polícia Metropolitana de Londres.

Segundo o texto, a cantora foi declarada morta no local. "As investigações sobre as circunstâncias da morte continuam. Neste estágio inicial, ela está sendo tratada como não esclarecida."

Winehouse foi aclamada pela crítica já aos 20 anos, com o lançamento de seu primeiro álbum, "Frank". Em 2006, o lançamento de "Black to black" consagrou a cantora. O disco foi vencedor de cinco prêmios Grammy.


Fonte: G1

Amy Winehouse é encontrada morta em sua casa

Cantora britânica tinha 27 anos; suspeita é que causa tenha sido overdose



A cantora inglesa Amy Winehouse foi encontrada morta em sua casa às 16h (horário de Londres) deste sábado, em sua casa em Londres.

A informação, divulgada por um jornalista do "Daily Mirror"no Twitter e confirmada logo depois pela polícia inglesa. Suspeita-se que a artista tenha sofrido overdose de drogas.

Ouça canções de Amy Winehouse

Winehouse tinha 27 anos e possuía um longo histórico de uso de drogas e álcool. Su única passagem pelo Brasil foi em janeiro deste ano, para uma série de shows.

A turnê da artista britânica no País, que passou por São Paulo, Recife, Florianópolis e Rio de Janeiro, havia marcado seu muito aguardado retorno aos palcos, após um hiato de dois anos sem apresentar seu show definitivo - desde 2008, Amy faz apenas shows pequenos em casas noturnas e pubs londrindos.

Cancelamento

Em junho, Winehouse cancelou por "problemas de saúde", segundo seus representantes, toda sua turnê europeia. Ela havia sido vaiada em Belgrado em 18 de junho porque, em aparente estado embriaguez, foi incapaz de cantar todas as músicas durante 90 minutos.

No início de junho, Winehouse havia deixado uma clínica de reabilitação em Londres.

Logo no início da apresentação de Belgrado, a cantora caminhou cambaleando pelo palco, abraçou seu guitarrista, tirou os sapatos e, durante a execução da canção "Just Friends", misturou versos perdidos com frases lançadas aos fãs. E isso foi apenas o começo de uma série de erros que durou 90 minutos e irritou os fãs, que pagaram o equivalente a R$ 130 para assistir ao show.

A irritação da plateia foi convertida em vaias e, posteriormente, em comentários no YouTube, onde é possível encontrar diversos vídeos da desastrosa apresentação. "Amy não conseguiu cantar nenhuma música do começo ao fim. Algumas ela sequer tentou. Não sou mais seu fã", afirmou uma moça no site.



Fonte: IG Último Segundo

ACM Neto diz esperar por mais escândalos no governo em 2011


O líder do DEM na Câmara, ACM Neto (BA), afirmou nesta sexta-feira que espera mais escândalos no governo federal no segundo semestre de 2011, por causa do atrito entre partidos da base. Ele comparou a fragmentação dos deputados governistas na Câmara à época do mensalão.

"Acho que teremos um semestre ainda mais movimentado. Estamos notando uma fragmentação cada vez maior da base governista na Câmara. A presidente tem uma base grande, mas com problemas cada vez maiores. Talvez o nível de deterioração da base seja igual ou maior do que o ex-presidente Lula enfrentou com o mensalão", disse ACM Neto, em nota.

O deputado também afirmou que a presente Dilma Rousseff deve ser responsabilizada pelas denúncias do Ministério dos Transportes. "Não há distinção entre Lula e Dilma. Tanto o ex quanto a atual presidente devem ser responsabilizados. Não existe isso de herança deixada por Lula. Dilma era o coração do governo passado. Ela era a mãe do PAC."

Para o democrata, Dilma já tinha conhecimento dos problemas na pasta antes da divulgação das denúncias. "Não acredito que a presidente não tenha tomado conhecimento sobre essas irregularidades antes", afirmou.

Fonte: Folha.com


'Sairão todos' no comando do Dnit e da Valec, diz Dilma


"Sairão todos os integrantes do Dnit e da Valec", disse nesta sexta-feira (22) a presidente Dilma Rousseff, referindo-se aos dirigentes que comandam essas duas instituições.

O Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura em Transportes) e a Valec, estatal do setor de ferrovias, estão no centro da crise provocada por suspeitas de corrupção que derrubou toda a cúpula no Ministério dos Transportes neste mês.

O Dnit tem seis diretores. A Valec, três. A presidente afirmou que as demissões ocorrerão "independentes" dos "endereços partidários" de cada um. Ou seja, não haverá proteção de algum diretor por causa de uma indicação política. Mas Dilma fez uma ressalva: "Não tem uma análise de valor sobre eles."

A ideia de Dilma é fazer uma reestruturação do setor de transportes. Daí disse ter entendido ser necessário trocar todos os diretores do Dnit e da Valec. A informação foi dada ontem durante uma conversa no Palácio do Planalto com repórteres de cinco publicações da mídia impressa, incluindo a Folha. O encontro com os jornalistas durou cerca de uma hora e meia. Não foi permitido tirar fotos nem gravar, mas apenas tomar notas por escrito.

Os nomes de novos diretores de órgãos públicos que dependem de aprovação do Senado serão enviados para o Congresso na primeira semana de agosto, quando termina o recesso do Poder Legislativo.

Dilma disse ser errado usar a palavra "faxina" para descrever o que se passa no setor público de transportes. Afirmou que o ideal seria apenas "afastar para apurar" uma parte dos que estão sendo demitidos. Essa opção foi inviável pois não há a "figura jurídica do afastamento" para determinados cargos públicos.

Apesar de estar promovendo todas as mudanças, na conversa de ontem a presidente disse mais de uma vez que "não se pode demonizar a política". Referia-se de maneira indireta ao PR (Partido da República), principal responsável pelas indicações de pessoas no Ministério dos Transportes.

Ela também falou sobre os pedidos recorrentes que o Planalto recebe de liberação de verbas do Orçamento. "O deputado tem o direito de ter recursos para investir na sua base. Essa é uma relação da democracia. Não tem nada de errado", declarou. "É do jogo que o deputado peça. E é do jogo que o governo diga sim ou não".

Para Dilma, a relação do governo com sua base de apoio no Congresso "está muito boa" e "muito madura". Ainda assim, "isso não significa que votem tudo o que o governo quer".

A seguir, outros temas abordados pela presidente na conversa:

POLÍTICA

A presidente procurou sempre um tom de neutralidade: "Pelo fato que é do PT não significa que esteja certo. Pelo fato de ser da oposição não significa que esteja errado". Dilma tem se esforçado nos últimos dois meses para melhorar seu relacionamento com o meio político.

Quando o assunto ainda era a limpeza, ou "reestruturação", nos Transportes, disse que não agia apenas baseada em pesquisas. Disse que "toma providências" quando necessárias.

COPA DO MUNDO

A presidente defendeu o RDC (Regime Diferenciado de Contratação), que será usado em algumas obras públicas voltadas para a Copa do Mundo de futebol de 2014, a ser realizada no Brasil.

Pelo sistema, o governo não informará aos concorrentes numa licitação qual o preço básico da obra. "É uma forma de evitar conluio", disse Dilma.

Lembrou que a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) é uma entidade privada e que caberá ao governo fazer obras de infraestrutura, modernizar aeroportos.

A administração pública também pretende garantir que exista boa conexão internet de banda larga nas proximidades dos estádios, pois nesses eventos todo o público tende a usar o telefone celular para enviar fotos e vídeos. "Se as [empresas] privadas não fizerem, o governo faz. Fica como legado", afirmou a presidente.

LEI DE ACESSO

O projeto de Lei de Acesso a Informações Públicas, ora em tramitação no Senado, será aprovado "tal qual veio da Câmara", prometeu a presidente. Trata-se de uma declaração pública importante, embora o Planalto já houvesse sinalizado essa decisão.

O projeto acaba com o chamado sigilo eterno, que é a prorrogação sucessiva dos prazos em que documentos ultrassecretos ficam longe do público.

Os senadores Fernando Collor (PTB-AL) e José Sarney (PMDB-AP) apresentaram óbices a respeito dessa abertura. Mas Dilma afirmou que já conversou com ambos. A ideia é ter o projeto aprovado neste ano.

editoria de arte/folhapress





CÉREBROS ESTRANGEIROS

Quando falava sobre a crise nos países desenvolvidos, a presidente disse ter a intenção de atrair para o Brasil intelectuais e professores estrangeiros.

"Estão sobrando cérebros desempregados nos EUA e na Europa", afirmou. Segundo ela, o ministro da Educação, Fernando Haddad, está criando um programa para atrair esses professores por cinco anos para universidades brasileiras.

Será um sistema no qual o estrangeiro saberá onde poderá morar, o salário que vai receber e com a certeza de ter um contrato de cinco anos. A presidente citou a USP (Universidade de São Paulo), que na primeira metade do século passado atraiu professores do exterior.

BOLSA VERDE

Esse programa atenderá pessoas que vivem em áreas de proteção ambiental e vivem do extrativismo. Como incentivo para que não desmatem, receberiam de R$ 200 até um salário mínimo.

O governo ainda não formatou completamente o Bolsa Verde porque é necessário "calibrar" os valores, pois a população atendida poderia passar de 750 mil.

TREM BALA

"Temos a obrigação de fazer o trem bala", afirmou a presidente. Por quê? Porque "vai ser inviável o transporte por avião."

Para ela, o sistema de alta velocidade instalado ajudará a desconcentrar a população de Rio e de São Paulo.

Sobre as licitações várias vezes fracassadas, disse concordar com algumas das críticas, mas não todas. Considera erradas as observações sobre política de preços. "Eu não acredito naqueles custos. Não acho que a consultoria do BNDES errou tanto."

PRIORIDADES 2011

Dilma lista as seguintes: 1) lançamento da política industrial de incentivos à produção e exportação de manufaturados; 2) melhoria no sistema supersimples; 3) continuação de alguma reforma tributária, com desoneração da folha de pagamento das empresas e 4) discussão com os governos estaduais da LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal).

O governo não tem intenção de mudar a LRF, mas os governadores pressionam para, pelo menos, mudar o indexador dessa legislação.

Dilma disse que vai rebater incentivando os Estados a tomarem emprestado do Banco Mundial. Afirma ter já comunicado esse organismo internacional sobre essa demanda.

BRONCAS NOS MINISTROS

A presidente reage com bom humor ao ser confrontada com a imagem de ríspida com seus subordinados. "Meu querido [referindo-se a um repórter], você acha que é possível estar montando uma coisa e não discutir?"

Segundo Dilma, o processo de construção de consensos dentro do governo é longo e penoso. Um projeto "só fica de pé se é criticado de todos os jeitos". Para ela, nesse sistema, vale qualquer crítica e o autor da ideia "tem de aguentar qualquer crítica".

Citou o caso do projeto de exploração do petróleo da camada pré-sal. Teria demorado um mês para ser montado e "um ano para ser desmontado".

INFLAÇÃO

O Brasil estaria "criando um quadro para a inflação sob controle". Quando indagada se o governo espera que a taxa de inflação faça uma convergência para o centro da meta (4,5%) em 2012 ou 2013, a presidente não respondeu de forma precisa. Disse que o governo optou por manter "a economia crescendo de forma consistente", embora num ritmo menor do que em 2010.

Dilma afirmou que uma "política de convergência de curtíssimo prazo teria um efeito danoso para a economia". Deu a entender que o governo está satisfeito no momento com as previsões oficiais, de uma inflação pouco abaixo de 6% neste ano: "Não queremos inflação sob controle com crescimento zero [da economia]".

Outra indicação de que o processo será moroso para trazer a inflação para o centro da meta veio na seguinte frase: "Estamos fazendo o chamado pouso suave, com uma taxa de crescimento e de emprego adequadas para o país".

A expressão "pouso suave" é usada nos meios econômicos também na sua versão em inglês, "soft landing", para expressar um processo em que ajustes não são realizados de maneira brusca.

TOM MODERADO

Esse tom mais moderado de Dilma contrasta um pouco com declarações suas de março, quando deu uma entrevista ao jornal "Valor Econômico". À época, afirmou: "Não vou permitir que a inflação volte no Brasil. Não permitirei que a inflação, sob qualquer circunstância, volte". Sobre como seria sua abordagem para tratar da alta de preços, nessa mesma oportunidade, ela afirmou: "Eu sou uma arara".

Na entrevista, a presidente, é verdade, não se disse tolerante com a alta de preços. Só que quando falou sobre esperar que "a convergência [da inflação para o centro da meta] se dê num prazo mais curto", não especificou o tamanho da espera para que a taxa recue.

Dilma apontou problemas "conjunturais" que fizeram com a inflação neste ano rompesse o teto da meta. Citou nominalmente o preço do etanol, mas isso já estaria "minimizado".

Sobre a política do Banco Central de manter os juros em alta --nesta semana a taxa básica foi elevada a 12,5% a presidente disse considerar "correto" o que a autoridade monetária vem fazendo.

"Nós não inventamos nada de diferente", declarou.

MUNDO

Em seguida, Dilma falou um pouco sobre as dificuldades econômicas enfrentadas pelos países da Europa e pelos Estados Unidos.

"Chova ou faça sol, estamos olhando os efeitos da crise na Europa e a questão do teto da dívida americana. Porque isso é de nossa responsabilidade."

Segundo a presidente, quando o governo brasileiro perceber "ameaça" de contaminação por causa da crise no mundo desenvolvido, serão tomadas "medidas duras".

CÂMBIO

Quando o assunto foi a taxa de câmbio, com o real valorizado, respondeu com uma pergunta: "Você acha que a gente pode fazer alguma coisa se a gente não sabe se o pessoal está brincando na beira do abismo ou se já criou uma rede de proteção?". Era outra referência à situação econômica nos EUA e na Europa.

Dilma disse não saber se haverá calote da dívida dos EUA, algo que disse considerar "uma coisa absurda, mas nunca se sabe". Para a presidente, as atuais incertezas no cenário internacional não permitem ao Brasil tomar muitas decisões agora a respeito de câmbio.

"O mundo está andando de lado. Deixa ele andar um pouco para frente que a gente decide".

Quando confrontada com a declaração recente do ministro da Fazenda, Guido Mantega, que disse estar perdendo o sono por causa da valorização do real, a presidente reagiu com bom humor: "É bom a gente não dormir. A gente fica alerta. O Guidinho de olhos abertos".

POLÍTICA INDUSTRIAL

A presidente confirmou que vai lançar medidas no próximo dia 2 de agosto para melhorar a competitividade da economia, um "incentivo para a exportação de manufaturados".

Trata-se de uma área na qual o Brasil vem rapidamente perdendo terreno por causa da competição com a China. O Programa de Inovação do Brasil tentará ajudar a indústria nacional a recuperar um pouco do terreno perdido.

As medidas do dia 2 devem incluir quatro aspectos para incentivar a indústria nacional: 1) aumento de conteúdo de agregação de valor; 2) compras do governo; 3) política comercial e 4) exportação.

No dia 9 de agosto, será anunciada uma "melhorada boa no supersimples" --um sistema de coleta de impostos unificado que atende a micros e pequenas empresas. A ideia é ampliar a abrangência do programa.

Mais adiante, "na sequência", segundo Dilma, haverá a desoneração da folha de pagamentos das empresas. Essa é uma discussão antiga dentro do governo que visa a incentivar o aumento do emprego formal no país.

Fonte: Folha.com

sexta-feira, 22 de julho de 2011

'Estamos sem tempo', diz Obama sobre acordo para evitar calote



Líder republicano decidou abandonar negociações com a Casa Branca. Governo precisa de acordo para aumentar teto da dívida e evitar calote.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou nesta sexta-feira (22) que o porta-voz da Câmara e líder do partido Republicano, John Boehner, abandonou as negociações para um plano de redução da dívida dos Estados Unidos, e que o tempo para chegar a um acordo está acabando.

"Estamos sem tempo", afirmou o presidente em discurso na Casa Branca.

O presidente afirmou que convocou Boehner, os líderes da maioria do Senado, Larry Reid, da minoria na mesma casa, Mitch McConnell, e a líder da minoria na Câmara, Nancy Pelosi, para uma reunião na manhã deste sábado, quando eles serão chamados a "explicar como vamos evitar o calote".

"Eu continuo confiante de que vamos conseguir uma extensão no limite da dívida e não vamos declarar default", afirmou Obama.

Obama afirmou ser difícil entender por que Boehner decidou deixar as negociações. "O que tínhamos oferecido era um plano com mais de US$ 1 trilhão em cortes, domésticos e de defesa, mais US$ 650 milhões em cortes em seguridade social, Medicare, Medicaid (programas de saúde)".

De acordo com ele, o plano rejeitado por Boehner atendia mais aos interesses dos republicanos que o plano do "Grupo dos Seis", que vem sendo negociado por parlamentares republicanos e democratas.

Em uma carta enviada aos congressistas, segundo a rede de televisão "CNN", Boehner afirmou que as conversas haviam se tornado inúteis como resultado da determinação de Obama de elevar impostos. "O presidente é enfático de que os impostos devem ser elevados", afirmou o parlamentar.

Escolhas difíceis
Mais cedo, em discurso na Universidade de Maryland, Obama afirmou que estava preparado para fazer "escolhas difíceis" por um acordo de redução da dívida e evitar que o país entre em default, mesmo em meio a alertas de democratas para que Obama não faça muitas concessões.

"Estou propenso a assinar um plano que inclui escolhas difíceis, algo que não faria normalmente, e há uma série de democratas e republicanos no Congresso, os quais acredito desejarem a mesma coisa", disse ele.

Sem que um acordo pareça iminente, Obama enfrentou um número crescente de queixas dos próprios democratas sobre a formação de um acordo que poderia representar dolorosas restrições à saúde pública e programas ligados à previdência, mas não elevariam impostos imediatamente.

O secretário do Tesouro, Timothy Geithner, reuniu-se nesta sexta-feira com o chairman do Federal Reserve (Fed), Ben Bernanke, e com o presidente do Fed de Nova York, William Dudley, para falar sobre as implicações de um fracasso do Congresso em elevar o teto do déficit.

Eles permaneceram confiantes de que o Congresso agirá a tempo, afirmaram em comunicado conjunto.

Senado
O Senado dos Estados Unidos rejeitou nesta sexta-feira (22), por 51 votos contra 46, o plano de equilíbrio orçamentário que havia sido aprovado na terça-feira pela Câmara de Representantes.

Ao impedir que a proposta siga em frente, os democratas esperam agilizar o processo para chegar a um compromisso aceitável para aumentar o teto da dívida, atualmente em US$ 14,29 trilhões, algo que deve ser concluído antes do prazo final de 2 de agosto.

O plano, chamado de “corte, limite, equilibre”, foi proposto pelos republicanos e propunha reduções imediatas e drásticas das despesas, bem como restrições para gastos federais no futuro. Além disso, condicionava a ampliação do teto de endividamento do país ao equilíbrio orçamentário.

Era esperado que o plano não seria aprovado pelo Senado, onde os democratas são maioria. Além disso, o presidente Barack Obama havia afirmado que o vetaria.

O plano
O plano aprovado na noite de terça-feira na Câmara dos Deputados dos EUA, por 234 votos a 190, permitiria elevar o teto da dívida do país e evitaria um calote. Não é o plano que foi elogiado mais cedo pelo presidente Barack Obama.

O plano, formulado pelo partido Republicano, permite a elevação do teto da dívida dos EUA em US$ 2,4 trilhões caso o Congresso concorde com um corte de gastos de US$ 111 bilhões no próximo ano; limite os gastos nos próximos anos a uma determinada porcentagem do Produto Interno Bruto (PIB) e aprove uma emenda à Constituição referente ao orçamento.

A proposta objetiva forçar a retenção fiscal sobre todos os congressistas, mudando as regras de despesa total. O plano não engloba o Medicare (assistência de saúde para idosos) ou a Segurança Social de maneira direta, que devem ter déficits significativos no futuro.

Plano do "Grupo dos Seis"
Em pronunciamento feito na tarde da terça, Obama afirmou que o os congressistas "não têm mais tempo para gestos simbólicos". Ele voltou a defender um "acordo amplo" e disse querer que os líderes do Congresso comecem a elaborar uma solução final para a questão do déficit na quarta-feira. Obama afirmou também que os mercados financeiros estão confiantes que as lideranças de Washington "não vão atirar a economia de um penhasco".

O líder norte-americano elogiou o plano de longo-prazo apresentado na terça-feira pelo grupo de seis senadores americanos, democratas e republicanos, conhecidos como o "Grupo dos Seis", que prevê um montante de redução de gastos de cerca de US$ 3,7 trilhões em dez anos.

A proposta incluiria ainda reformas em programas sociais como o Medicare e mudanças no Código de Impostos e na Seguridade Social. Segundo a rede CNN, o plano acabaria com as brechas fiscais, mas também reduziria as taxas de impostos para corporações e indivíduos. Além disso, reduziria os gastos do governo.

Segundo Obama, a proposta está "globalmente conforme à abordagem" defendida pelo governo. Obama manifestou apoio aos esforços do grupo bipartidário de senadores e disse que a proposta "é uma boa notícia", que pode ajudar a movimentar as negociações quanto ao teto do endividamento. O presidente instou o líder da maioria no Senado, Harry Reid, um democrata, e o líder republicano no Senado, Mitch McConnell, a iniciarem conversas francas sobre a proposta.

Corrida contra o tempo
O governo dos Estados Unidos está correndo contra o tempo para não colocar em risco sua credibilidade de bom pagador. Se até o dia 2 de agosto o Congresso não ampliar o limite de dívida pública permitido ao governo, os EUA podem ficar sem dinheiro para pagar suas dívidas: ou seja, há risco de calote.

Em maio, a dívida pública do país chegou a US$ 14,3 trilhões, que é o valor máximo estabelecido por lei. Isso porque, nos EUA, a responsabilidade de fixar o teto da dívida federal é do Congresso.

*Com informações da Reuters, do Valor Online e da Agência Estado

Fonte: G1

ACM NETO PREGA UNIãO E DEIXA NOME NA DISPUTA




O deputado federal ACM Neto (DEM) convocou a imprensa para uma entrevista coletiva na manhã desta sexta-feira (22) para fazer um balanço do primeiro semestre de seu mandato na Câmara. Mas, na oportunidade, o tema que permeou as perguntas foi a eleição municipal de 2012 em Salvador. O parlamentar reiterou o discurso de união das oposições, sem deixar de colocar em evidência o próprio nome para a disputa. “Quem me coloca na condição de pré-candidato não sou eu, mas a cidade. A decisão a confirmar ou não a candidatura acontecerá no momento certo”, avaliou. Para ele, a estratégia da oposição para vencer as próximas eleições passa pelo lançamento do “maior número possível de candidatos a vereadores e prefeitos nos municípios baianos”. ACM Neto afirmou que os partidos devem se definir sobre o pleito municipal ainda no segundo semestre deste ano. “O ideal é que a oposição marche unida. Temos candidatos nos 15 principais municípios baianos com condições de vencer. Os partidos da oposição como o PMDB, PR e PSDB têm que ter a consciência de que é importante tanto apoiar quanto ser apoiado”, afirmou. Na mesma toada de antecipação das discussões sobre o pleito do próximo ano, o deputado revelou que seu partido montou uma "equipe técnica" em 12 áreas temáticas que realizará fóruns com representantes da população para elaborar propostas para a cidade. "Ouviremos as demandas da comunidade para atualizar o conteúdo programático apresentado em 2008 de acordo com as demandas e prioridades da população", explicou já com ares de pré-candidato.



Fonte: Bahia Notícias

TCU identifica prejuízo de R$420 milhões em estatal

Em meio à crise no comando do Ministério dos Transportes, o Tribunal de Contas da União (TCU) identificou indícios de prejuízo de R$420 milhões aos cofres públicos na Valec, estatal que comanda obras em ferrovias. O TCU determinou a suspensão da compra de materiais como dormentes para trechos da Norte-Sul e Oeste-Leste. As duas obras integram o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). A medida cautelar foi aprovada por unanimidade no tribunal depois que a equipe técnica apontou a existência de estimativa de sobrepreço de 44,71% na compra antecipada de materiais que deverão ser usados apenas na parte final da construção dos trechos das duas ferrovias. As informações são do Estadão.

A suspensão da compra foi definida dez dias depois da demissão do ex-presidente da Valec José Francisco das Neves, na primeira leva de demissões após as denúncias de irregularidades no Ministério dos Transportes. Depois disso, outros dois funcionários da estatal já tiveram a exoneração publicada no Diário Oficial da União.

O despacho do TCU, a que o Estadão teve acesso, foi levado ao plenário pelo ministro Marcos Bemquerer em caráter de urgência. Não estava na pauta. "Precisamos de uma decisão rápida diante da possibilidade de prejuízo", disse na quarta-feira, 20, o ministro, que não apontou vínculos entre a decisão do tribunal e a crise no Ministério dos Transportes e os políticos envolvidos. A área é uma das recordistas em irregularidades nas análises do tribunal.

A suspensão das compras atingem 12 processos , a maior parte deles relativos à Ferrovia de Integração Oeste-Leste, chamada de Fiol. A ferrovia está na fase inicial das obras e irá ligar Ilhéus, na Bahia, ao município de Figueirópolis, em Tocantins. O PAC prevê a conclusão das obras de pouco mais de 1,5 mil quilômetros de trilhos até o final do mandato da presidente Dilma Rousseff, ao custo de R$7,4 bilhões.

Cinco dos contratos em que o TCU identificou irregularidades são da Ferrovia Norte-Sul, iniciada ainda na segunda metade dos anos oitenta, durante o governo do ex-presidente José Sarney. Os contratos questionados estão relacionados ao trecho mais recente de obras, chamado de tramo sul da ferrovia. Esse trecho tem 680 quilômetros e vai ligar aos municípios de Ouro Verde (GO) a Estrela do Oeste (SP). Com esse trecho pronto, a Norte Sul teria mais de 3.000 quilômetros de extensão.



Inquérito vai apurar fraudes do PSD em São Paulo



O Ministério Público Eleitoral de São Paulo instaurou nesta quinta-feira inquérito civil para investigar a denúncia de que assinaturas de eleitores em listas de apoio à criação do PSD, do prefeito Gilberto Kassab, teriam sido falsificadas no estado. Oito eleitores que compareceram ao cartório da 326ª Zona Eleitoral, em Ermelino Matarazzo, em São Paulo, não reconheceram como sendo suas assinaturas que constavam em listas do PSD. As informações são do jornal O Globo.

O promotor eleitoral Roberto Senise Lisboa, da 1ª Zona Eleitoral - onde foi protocolado o pedido de instalação do Diretório Municipal da legenda - vai enviar ofício à Justiça Eleitoral para obter cópia do pedido de criação do PSD. Ele pode pedir que a Polícia Federal apure o caso.

Alertada pelo cartório, a juíza eleitoral Adaísa Bernardi Halpern determinou que 18 eleitores fossem convocados. Dos dez que comparecerem, oito disseram que não tinham assinado as fichas.

Fonte: http://www.acmneto.com.br/

quinta-feira, 21 de julho de 2011

"Está na hora do PT perder a eleição em Conquista"


O deputado ACM Neto e o presidente estadual do Democratas, José Carlos Aleluia, passaram o dia de ontem (20) em Vitória da Conquista em reuniões com pré-candidatos a vereador e a prefeito nas eleições de 2012 e com lideranças políticas locais. Um dos compromissos foi uma entrevista nos estúdios do programa Resenha Geral, apresentado por Herzem Gusmão na rádio 96 FM. Gusmão também é uma das principais lideranças políticas da cidade. Clique aqui para ouvir a íntegra da entrevista no blog do programa.


Neto e Aleluia defenderam a união dos partidos de oposição em Conquista. "Estamos procurando conversar com todos os partidos que não estão na base do governo do estado. Em Conquista, o PT vem obtendo vitórias sucessivas nas eleições municipais. Essas vitórias se explicam mais no campo das oposições, que não souberam se unir nos últimos anos e construir um projeto que levasse a confiança da população. Vamos aproveitar essa interlocução em nível estadual, que vale para grandes, médias e pequenas cidades, e tentar somar forças em Conquista", declarou ACM Neto.


O deputado disse que Conquista precisa de propostas novas, "sair do comodismo". "O prefeito de Conquista está acomodado. Chegou a hora do PT perder uma eleição aqui para cidade voltar a respirar ares de inovação e crescimento".



CASO NEYLTON: IMBASSAHY REBATE PELEGRINO



O deputado federal Antonio Imbassahy (PSDB) declarou “ estranhar” o descontentamento do também congressista, Nelson Pelegrino (PT), com o pedido do tucano para que os ministérios públicos Federal (MPF) e Estadual (MPE) investigassem a aplicação dos recursos destinados aos hospitais filantrópicos. Além da Comissão Especial de Inquérito (CEI) na Câmara de Vereadores que pretende apurar a gestão petista na Secretaria Municipal da Saúde em 2007, época em que o servidor Neylton Souto da Silveira foi encontrado morto no prédio da SMS. Para o parlamentar, o colega tenta desviar as atenções do foco principal – a elevada dívida municipal com as instituições. “Defendo a instalação da CPI, investigação do Ministério Público, da polícia e de quem mais for necessário, pois não tenho nada a temer, diferentemente do deputado Pelegrino, que, acuado e confuso nas suas declarações, deixa subentendido que o ex-secretário da Saúde municipal, Luiz Eugenio Portela, indicado pelo PT, prevaricou ao manter um contrato com a Real Sociedade Espanhola”, alfinetou. Imbassahy diz que, enquanto o petista e o prefeito João Henrique (PP) comemoram o acordo firmado entre a administração municipal e o governo estadual, “os filantrópicos continuam na iminência de fechar as portas”.


Fonte: Bahia Notícias

Crianças consomem crack a céu aberto nas ruas do Pelourinho

Menores de Salvador se drogam em um dos principais pontos turísticos da cidade. Muitos buscam abrigo em casarões históricos abandonados.




Eles são exatamente como Jorge Amado descreveu: divertidos para encarar a pobreza extrema com a conformidade de quem não tem escolha. Astutos para vencer as dificuldades que são encaradas a cada minuto - seja fome, frio, falta de onde dormir. São, sobretudo, e antes de qualquer outro adjetivo, crianças. Excluídas por um sistema cruel que não vê a miséria na esquina de baixo - e, quando vê, disfarça, finge não enxergar.


Eu conheci os Capitães da Areia. Em apenas três dias de visita ao Pelourinho, vivi o que os turistas não conheceram nos guias. Não estava longe. Bastava desviar os olhares das lojas de souvenir ou das igrejas impressionantemente belas. Bastava dirigir os ouvidos concentrados nos batuques de influência africana para o riscar rápido de um isqueiro, a poucos metros dali.Eu vi e ouvi. O pedido de socorro de Washington, 15 anos: “Mãe, me tira daqui!”. Vi quando ele fez questão de mostrar o lugar onde dorme. Descendo ao lado de um antigo batalhão da polícia, a menos de 50 metros de onde a Bahia comemora o São João. É no Plano Inclinado, uma ladeira por onde escorre a urina dos integrantes da festa de que eles não participam.


Ouvi o rap de Branco, 16 anos, tentando explicar o inexplicável: por que tanta desigualdade? "Sair da rua um dia é a meta final / Viver o pobre sem ter na mente é o mal".


E vi e ouvi Ivan, a pura malandragem de um sujeito acostumado às ruas, do alto da experiência de seus 15 anos - embora aparente menos. "Não cresci por causa da miséria", matraqueia. O vi sendo acordado aos socos por um companheiro que não se continha de riso enquanto ele se levantava, chorando, aos berros de que aquilo era um desrespeito a um colega de rua. E o vi, em questão de minutos, se transformar na pessoa mais afável do mundo quando integrantes do Projeto Axé o levaram para resolver um problema imediato: matar a “larica” com arroz, feijão, peixe, farinha e muita pimenta.


Ivan é um dos 15 jovens que ainda vivem nas ruas e são atendidos pela ONG criada em 1990 por Cesare La Rocca. O italiano septuagenário – 44 anos no Brasil – se encantou pelo país numa viagem à Amazônia, quando sonhava em estudar para a carreira diplomática. Foi num estalo que decidiu largar a vida "de sujo burguês em Florença" - suas próprias palavras - para dedicar-se à causa da criança e do adolescente. "Como embaixador, diplomata, eu poderia ser útil aos interesses particulares do meu país apenas. Naquela época, 26, 27 anos, eu sonhava em ser um grande mudador do universo, da humanidade".


Graças a esse altruísmo, um tímido apoio de governos e a generosa contribuição de entidades variadas, Cesare e sua equipe já conseguiram atender mais de 13 mil crianças no Projeto Axé, com diretrizes respaldadas por uma das leis de que o Brasil mais se orgulha, mas está longe de respeitar: o Estatuto da Criança e do Adolescente.


Se a legislação fosse cumprida, Washington e Ivan, assim como os gêmeos Quente e Frio – um dos quais o autor dos socos que acordaram o colega na rua, mas que a semelhança física impede de identificar – estariam na escola. Mas estão nas ruas. E nos bolsos, em vez de lápis ou caneta, carregam um instrumento artesanal, criado a partir de um pedaço de antena de carro e com a triste finalidade de destruir a si próprio: um cachimbo de crack.


Uma pesquisa nacional feita pelo Observatório Brasileiro de Informações sobre Drogas (Obid), em 2003, revela quais são os principais motivos para consumo de drogas entre crianças de rua de 10 a 18 anos: 19,8% delas usam por diversão. E 8,9% para “esquecer a tristeza”.


Washington tem família. Ivan também. Quente e Frio perderam a mãe recentemente, mas o pai é vivo – assim como a irmã, que também mora na rua e, no dia em que nos vimos, dividiu com os irmãos uma única bisnaguinha que não faria nenhuma diferença em qualquer café da manhã da Cidade Alta da Bahia.


O Centro Histórico de Salvador é uma terra historicamente desigual. O Pelourinho, que dá nome ao bairro, era um poste usado para acorrentar seres humanos, sobretudo escravos, aos olhos de todos. Era um recado aos que desobedeciam as regras de seus donos, os ricos moradores dos casarões da redondeza. Mais do que isso: era uma triste exposição do contraste social que dura até hoje, tantos séculos depois.


Abandonadas, essas imensas construções foram restauradas apenas na área turística, onde luxuosa loja de joias ou vendinhas de produtos para gringos se espremem entre ruas degradadas e esquecidas. Na década de 90, o governo promoveu algumas iniciativas para revitalizar o Pelourinho. Onde o dinheiro do Estado não entrou – por impasse com os proprietários ou com o Iphan, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, que tombou os casarões – as paredes frágeis como farinha correm o risco de desabar sobre os moradores de rua que insistem em se abrigar ali.


É a esses casarões que muitos brasileiros em situação de rua recorrem para, entre outras necessidades, consumir drogas. (Sim, consumir drogas é uma infeliz necessidade para quem é dependente químico). E entre ficar nas ruas e encontrar proteção nas construções que podem desabar a qualquer momento, Washington, Branco e seus amigos preferem estar ali. No meio das ruínas de onde só houve riqueza no passado, eles arruínam seus presentes e, se nada for feito, a perspectiva de qualquer futuro.


Fonte: G1 Profissão Repórter


COMENTÁRIO A TARDE: AS VARIADAS FACES DA CORRUPÇÃO



A corrupção no Brasil não surgiu espontaneamente. Ganhou densidade pela com a ação dos políticos que, a partir de práticas grupais ou individualizadas, assaltam as arcas públicas disseminando a ação em todas a esferas do poder, em todos os setores da atividade econômica, especialmente o setor público, onde a fiscalização é frouxa quando é séria, e depravada quando se facilita a participação do assalto ao tesouro.


Os políticos, reunido em partidos transformados em sindicato de ladrões, com as exceções de praxe, porque o generalizar não faz justiça aos que são sérios, atuam utilizando variadas práticas. Cito algumas: 1- diretamente ao tungar aos bolsos dos contribuintes; 2- pela utilização à larga do caixa dois, com duplo crime fiscal praticados pelo empresário que “contribui” e pelo político que recebe e não declara; 3- através dos seus áulicos e apaniguados, senão parentes, que agem de forma condescendente empoleirados em cargos públicos; 4- através de processos complicados de lavagem de dinheiro, difíceis de serem investigados e descobertos; 5- com a utilização das tais verbas de gabinete, para gastos legais, transformados em ilegais, no exercício da atividade parlamentar; 6- contratando funcionários para seus gabinetes que recebem menos do que declaram receber; 7- com a utilização de “laranjas”, às vezes ignorantes, senão analfabetos, quando, assim, o crime é duplamente qualificado.


Citei apenas formas e práticas de corrupção, justamente as mais conhecidas. Há muitas outras como os tais contratos superfaturados, seguindo-se aditivos (práticas disseminadas, mas abertas e de há muito conhecidas) como, por exemplo, acontece no nefasto Ministério dos Transportes comandado pelo PR do mensaleiro Valdemar da Costa Neto. Há as tais medições de obras por fiscais comprados com gordas propinas; a execução de obras de infraestrutura subterrâneas difíceis de fiscalizar, porque a corrupção faz parte da empreitada. E por aí vai.


Há outras modalidades, dezenas delas, a depender do exercício de criatividade do político ou gestor, como dizia, época da ditadura militar, Francelino Pereira que, misturado às fardas dos generais acabou governador de Minas Gerais. Para ele (já morto) o segredo de tudo é o exercício da criatividade. Ou como cita Millôr Fernandes, este de forma honesta e em outro sentido, o “livre pensar, é só pensar”.


Os políticos geralmente são competentes no exercício da criatividade. Aqueles que não são juntam-se aos dotados de tal capacidade de sorte a tirar também proveito e usufruir das arcas da Viúva. Há normalmente um conluio que se espraia com facilidade espantosa.


Impossível esquecer ou desprezar os que contemporizam fechando os olhos à roubalheira sem ver nada, ouvir nada e não saber de nada. Esses usam da estratégia da santíssima inocência sobre o que está a acontecer. O que não os livram, ao contrário os condenam, pela inoperância e incompetência no trato das questões do Estado. No mais das vezes, utilizam tais argumentos para alegar desconhecimento com a desfaçatez própria dos mentirosos.


A corrupção é contagiosa. Percorre com facilidade do ápice à base da pirâmide do poder, onde estão os “bagrinhos”, como certa feita aludiu o ex-presidente Lula, em contraposição aos “pintados” que estão no ápice. Não poderia ter feito comparação melhor senão utilizando espécies de peixes para que os seus eleitores compreendessem a defesa que fazia de um dos seus irmãos, cujo nome esqueci – e não me interessa lembrar - envolvido em tráfico de influência jamais provado ou jamais investigado. O mano era um mero “bagrinho” que teria sido utilizado por vorazes “pintados.”


Já que Lula, num acaso e ao correr das teclas aqui digitadas, emergiu neste texto, espanta-me a sua preocupação com a ação da presidente Dilma Rousseff na sua cruzada para desratizar o Ministério dos Transportes, feudo por ele, Lula, entregue no seu período ao Partido da República. De acordo com a sua “experiência” política, a crise nos Transportes poderá trazer complicações para a presidente. Em conversas com interlocutores divulgadas na imprensa do Sul, o ex-presidente disse “ter medo de que o rito sumário das demissões e o temperamento de Dilma imponham riscos à governabilidade, levando-a ao isolamento.”


Ora, se assim é, o que seria que Lula aconselharia a Dilma? Deixar as ratazanas corroerem a República, ou combatê-las com racumim, chumbinho e ratoeiras? Explica-se que, na sua avaliação, “graças à aliança de 15 partidos, Dilma ainda possui capital político para tomar medidas drásticas, como a exoneração em massa de dirigentes nos Transportes.” Sugere, no entanto, a hipótese de “não desperdiçar esse ativo agora. Teme que o troco aconteça num momento de fragilidade do governo.”


Depois de tais brilhantíssimas preocupações, pode-se chegar à ilação que é melhor deixar os partidos e os larápios corroerem o tesouro do que enfrentá-los, o ex-presidente, ainda segundo a imprensa sulista, descarta “o mal-estar embutida na idéia de que Dilma esteja tendo problemas com seu legado” (a sua herança maldita). Estrutura, então, uma paliçada em sua defesa: “o novo ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, comandava a pasta no fim de sua gestão.”


Ora, ora, o atual ministro, que também está cercado de suspeição, substituiu o demitido Alfredo Nascimento quando este se desincompatibilizou do cargo para disputar o Senado, conforme determina a legislação eleitoral. Eleito, retornou ao posto. Passos apenas guardou o seu lugar. Não vale, portanto o argumento piegas. É primário. Ainda complementando, Luis Inácio não estaria satisfeito com o tratamento que Dilma tem dado ao PR. Que coisa, meu! Até a torcida do Corinthians recusa tal absurdo.


Samuel Celestino